Estive hoje numa conversa até às 3 da manhã com uma amiga minha. Vou confessar: não esperava ter essa conversa, e gostei de a ter. Dantes, falávamos sobre muitos assuntos... Alguns de carácter mais ou menos fútil. Hoje, falámos sobre mil e um temas, sobre política, sobre sociologia, sobre psicologia social, sobre Amor, em sentido lato e universal... Hoje, (e não só hoje), ela revelou-se um ser mais atento do que eu à realidade que o envolve...
É de referir que alheio ao meu preconceito não foi o facto de essa minha amiga ler compulsivamente a Caras.
Sinto que talvez tenha vivido, durante os últimos anos (20 anos, provavelmente...) sob uma redoma de pseudoelitismo... (Não confundir com pseudoetilismo...)
Ao crer-me incapaz de ter a conversa supracitada, tenho-me esquecido, durante os últimos anos, que não sou a única pessoa especial no Universo. Existem, com efeito, milhões e milhões de pessoas tão especiais quanto eu. Todos diferentes, mas todos iguais...
Ao crer-me incapaz de ter a conversa supracitada, não quis saber que muitas vezes, as aparências iludem.
Ao crer-me incapaz de ter a conversa supracitada, ignorei, inclusivé, que, por exemplo, um dos maiores filósofos do século XX era porteiro num hotel, embora pertencesse a uma das famílias materialmente mais ricas da Europa...
Por isso, só tenho que me congratular, porque o Mundo, está a mudar, a cultura da ignorância está a deixar de existir...
Tenho, concomitantemente, de agradecer à minha amiga:
Obrigado por me teres lembrado que só podemos modificar o presente.
Obrigado por me teres recordado de que, muitas vezes, somos mestres e aprendizes ao mesmo tempo.
Obrigado por me dares a certeza, hoje e sempre, de que posso contar contigo.
Obrigado por dares significado ao provérbio que se diz na terra dos meus Pais: Um bom amigo, nem que seja no inferno...
PS - E desengane-se, neste momento, quem julga que estou apaixonado... Ok?
Sem comentários:
Enviar um comentário