2007/11/20

Espaço publicitário

Hoje decidi fazer publicidade a um novo princípio activo, que se espera estar em breve disponível no mercado português.
A companhia farmacêutica responsável convidou os srs. Profs. Adam Kay e Suman Biswas para nos falarem um pouco da mesma... Aqui vai o vídeo da comunicação, de apurado conteúdo científico...

2007/11/15

Pergunta do dia

O que é feito das bombocas?!?!

2007/11/12

A minha vizinhança

Hoje, porque um homem é ele próprio e a sua circunstância, decidi falar-vos da minha vizinhança.
A pedido de várias famílias, e a fim de aumentar a afluência do berlogue sem registar no gugle nem no yaú nem no altavespa nem em outras coisas do demo como essas (nem sequer o sopapo...), vou começar por vos falar de uma menina muito simpática: a minha vizinha de baixo, a Ritinha.



Esta foto foi tirada pelo o Adilson.
O Adilson é um brasileiro de Pernambuco que veio trabalhar para cá, para uma empresa de cobranças. Faz coisas chatas, como cobrar contas da electricidade, dos telefones, do jogo ilegal, e afins... A foto acima foi tirada por ele, no pleno exercício da sua profissão. Note-se o ar de afronta da moça, coitada, depois de o Adilson lhe ter dito - contou-me ele a mim... - que tinha uma conta de cem euros da EDP para pagar...



Aqui aos oito anos, na praia de Alfornelos. Reparem no cabelinho molhado que parece moreno... Mas não é, é loiro e está molhado.
Se quiserem fazer um close-up na zona nadegueira (eu não fiz, porque sou religioso e não faço essas coisas...), podem ver as impressões digitais do tio Orestes, que, por a menina se ter portado mal, lhe deu - dizem... - tau-tau. O que é curioso é que o tio, por qualquer pretexto, dava tau-tau na menina. Era muito violento, o tio Orestes.





Aos 35 anos, na louca adolescência, após ter pensado que as pastilhas Calgonit eram para mascar...



Mais recentemente, a limpar o pó lá por casa... Esta fotografia foi tirada pela mulher a dias, uma ucraniana chamada Antonyeta Tereshkova, que, ao que parece, se tornou grande amiga da Ritinha.




Mas, porém todavia contudo, a Ritinha nem sempre foi assim, saudável.
Temos aqui o seu retrato com um ano de idade.




Nasceu com uma grave enfermidade, que lhe valeu quase quatro anos em operações.
A doença em questão chama-se "Binite Alérgica".
O seu quadro clínico à nascença era de tal forma exuberante que lhe valeu o olhar de alegria do irmão mais velho, o Tony.


Desde o nascimento, aliás, que a tragédia afectou a família... Consta que o pai, Heraclito de Menezes, bateu com a cabeça. Em consequência, começou a comer espinafres que nem uma frieira, a fumar cachimbo, e desatou a chamar Olívia a um pau de vassoura que tinha lá por casa.



Tolhido pelo desgosto, começou a desprezar a mãe, exigindo o divórcio.
A mãe tinha uma esbelta figura, de tal forma que, na provecta idade de 65 anos, contra todas as expectativas, ganhou o primeiro concurso internacional de sósias da Meriline Morroue de Vale da Burra...



Para terminar, por hoje, deixem-me que apresente os habitantes do apartamento ao lado. São todos sobrinhos do sr. Padre Vasques, que é o padre lá da paróquia. Aliás, devo dizer que as parecenças físicas entre eles são evidentes.




Mas permitam-me que corrija... Eram sobrinhos, porque um dos do meio, o Hassan (em baixo, o segundo a contar da direita), resolveu apanhar o vício de ser bombista suicida, mesmo perante os protestos dos irmãos. Estou mesmo a ouvi-los dizer:
- "Hassan, filho, vai antes para canalizador, como o teu tio, que antes de ir para padre o negócio até lhe estava a correr bem..."

E pronto, por agora é tudo... (esta coisa do Hassan deixou-me demasiado sensibilizado para continuar...)

2007/11/09

Show must go on

A falta de tempo sequer para me coçar tem-me impedido de continuar a produzir textos para este espaço que opera sob a forma de tertúlia politico-filosófica de inspiração pós-modernista, que versa o Homem no seu meio biopsicossocial, mas que, como todos os espaços que operam sob a forma de tertúlias politico-filosóficas de inspiração pós-modernista não é dotado de personalidade jurídica.

Desde que este berlogue nasceu, devo dizer que mudei. Mudei muito. Mudei radicalmente.
(Agora chamo-me Cátia Vanessa... - desculpem, apeteceu-me!)
Vi de tudo... Passei por algumas desventuras mas também tive outras tantas alegrias. Perdi a inocência. Amadureci. (o que não me torna necessariamente maduro-produto acabado, nem me tira o sentido de humor.)


O berlogue, ele mesmo, também mudou. De um formato pseudo-intelectualóide com cheiro a cantiga de intervenção, adoptou um estilo mais descontraído. Tenho a consciência tranquila quanto ao facto de nunca o ter utilizado como arma de arremesso contra quem quer que fosse, a não ser contra o sacana do árbitro que prejudicou o Benfica no Domingo passado...

O self disclosure nunca ultrapassou os limites aceitáveis...

(Já agora, já vos falei da próxima embalagem de papel higiénico que vou comprar? É que não sei se há de ser com desenhos de ursinhos ou com desenhos de flores... É certo que as flores são um bocado amaricadas... O que acham? Já agora, de folha simples ou folha dupla?)

By the way, a utilização de expressões estrangeiras também não. A Associação Portuguesa de Pseudo-Intelectuais cotou este berlogue como "um exemplo da língua de Eça de Queirós, que como bom sportsman, nunca utiliza essa língua hedionda que é o inglês..."

A descontracção também tocou os posts, no início regulares, quase bissemanais, e depois, abraçando a teoria do caos, com uma irregularidade matemática...

Todo este discurso parece um discurso de enterro. Mas não o é. É um discurso de balanço.

Vou continuar a escrever, nem que seja de ano a ano. Aqui ou noutro sítio qualquer, incluindo os processos da minha consulta.
Vou continuar a escrever, porque este berlogue faz parte de mim e vai continuar vivo.
Só peço que não me exijam regularidade. Porque este berlogue nunca foi nem é uma obrigação. Nem uma forma de manipular quem quer que seja. Nem uma forma de auto-promoção. Nem uma catapulta para o estrelato. Nem a porta para a figuração numa novela da TVI.

Acho que já perceberam o discurso.
Já agora, obrigado por terem vindo aqui e terem disponibilizado algum do vosso tempo a ler estas linhas. Voltem sempre. Serão sempre bem-vindos.

Para aqueles de vós que ainda se interrogam se isto será um ponto final, o Assessor de Imprensa do Primeiro Ministro informa que não, e aproveita também para dizer que, por falar nisso, os impostos vão aumentar...

Show must go on.


PS - Isto é que foram umas férias...