2007/11/09

Show must go on

A falta de tempo sequer para me coçar tem-me impedido de continuar a produzir textos para este espaço que opera sob a forma de tertúlia politico-filosófica de inspiração pós-modernista, que versa o Homem no seu meio biopsicossocial, mas que, como todos os espaços que operam sob a forma de tertúlias politico-filosóficas de inspiração pós-modernista não é dotado de personalidade jurídica.

Desde que este berlogue nasceu, devo dizer que mudei. Mudei muito. Mudei radicalmente.
(Agora chamo-me Cátia Vanessa... - desculpem, apeteceu-me!)
Vi de tudo... Passei por algumas desventuras mas também tive outras tantas alegrias. Perdi a inocência. Amadureci. (o que não me torna necessariamente maduro-produto acabado, nem me tira o sentido de humor.)


O berlogue, ele mesmo, também mudou. De um formato pseudo-intelectualóide com cheiro a cantiga de intervenção, adoptou um estilo mais descontraído. Tenho a consciência tranquila quanto ao facto de nunca o ter utilizado como arma de arremesso contra quem quer que fosse, a não ser contra o sacana do árbitro que prejudicou o Benfica no Domingo passado...

O self disclosure nunca ultrapassou os limites aceitáveis...

(Já agora, já vos falei da próxima embalagem de papel higiénico que vou comprar? É que não sei se há de ser com desenhos de ursinhos ou com desenhos de flores... É certo que as flores são um bocado amaricadas... O que acham? Já agora, de folha simples ou folha dupla?)

By the way, a utilização de expressões estrangeiras também não. A Associação Portuguesa de Pseudo-Intelectuais cotou este berlogue como "um exemplo da língua de Eça de Queirós, que como bom sportsman, nunca utiliza essa língua hedionda que é o inglês..."

A descontracção também tocou os posts, no início regulares, quase bissemanais, e depois, abraçando a teoria do caos, com uma irregularidade matemática...

Todo este discurso parece um discurso de enterro. Mas não o é. É um discurso de balanço.

Vou continuar a escrever, nem que seja de ano a ano. Aqui ou noutro sítio qualquer, incluindo os processos da minha consulta.
Vou continuar a escrever, porque este berlogue faz parte de mim e vai continuar vivo.
Só peço que não me exijam regularidade. Porque este berlogue nunca foi nem é uma obrigação. Nem uma forma de manipular quem quer que seja. Nem uma forma de auto-promoção. Nem uma catapulta para o estrelato. Nem a porta para a figuração numa novela da TVI.

Acho que já perceberam o discurso.
Já agora, obrigado por terem vindo aqui e terem disponibilizado algum do vosso tempo a ler estas linhas. Voltem sempre. Serão sempre bem-vindos.

Para aqueles de vós que ainda se interrogam se isto será um ponto final, o Assessor de Imprensa do Primeiro Ministro informa que não, e aproveita também para dizer que, por falar nisso, os impostos vão aumentar...

Show must go on.


PS - Isto é que foram umas férias...

2 comentários:

Alex disse...

Fico muito contente com a tua decisão. E continuarei a passar por aqui regularmente ;).

NonSense disse...

Éztaréi ézperando por você! :)