2004/10/21

O noivado

A cena parecia tirada de um filme... À primeira vista, tudo parecia uma simples festa de anos - no dia de anos dela. Ele, ela, os amigos dela, a família dele, a família dela, o ameno convívio, o jantar, os presentes (excepto o dele, que lhe seria "dado após o bolo"), o bolo, a câmara omnipresente, para mais tarde recordar, as velas, o champanhe preparado, o discurso dela, a música certa...E foi então que ele pediu para discursar: Foi breve nas palavras, e tirou do bolso um anel. Ela ficou nervosa, tal como metade da assistência, creio... Beijaram-se, ela disse sim, e começou a chorar.Não sei se ela chorou de alegria, se de nervosismo, se de comoção pelo que se tinha passado... Talvez as três coisas. (De facto, há que compreender que não é todos os dias que somos pedidos em casamento...)
Foi a primeira vez que assisti a uma cena semelhante.
Fiquei boquiaberto, tal como a maioria da assistência (à excepção do irmão do noivo, da mãe da noiva e de todos os que tinham "conspirado" para que se desse aquele desfecho...)
Passados dois dias ainda estava nervoso, ainda não me tinha refeito do susto!

Hoje, a algumas semanas de distância, há várias coisas que recordo dessa noite: a primeira foi o ar de felicidade dela, a segunda, o magnífico ambiente que se gerou (eu tentei "ajudar à festa" o melhor que pude), e a terceira... bem... a terceira, foi o olhar triste estampado no rosto do ex-namorado que (e isto é algo que eu já lhe disse a ela face a face) a adorava, tinha "uma paciência de santo" para com ela, e com quem ela acabou o namoro, invocando uma desculpa qualquer...

Confesso que, nem naquela noite nem agora, fiquei triste, não obstante o facto de em tempos, eu próprio me ter platonicamente apaixonado por ela.
Fiquei até aliviado, por ela estar feliz, podendo contar com as pessoas de quem gosta (e estou a falar dos amigos e da família).

Fiquei em pouco triste, isso sim, com a sensação de ficar apanhado no curso da Vida, como se de um rio, cuja água corre cada vez mais rápido, se tratasse: quando o teu curso termina, os teus colegas e amigos (da tua idade) começam a ser pedidos em casamento - e a casar -, e mais tarde a ter filhos, já dá para uma pessoa se sentir "entradote"... :P mas "é a Vida" :P

Hoje, posso dizer, com alguma segurança, que não estou apaixonado, nem sequer platonicamente, por ela...
No entanto, há algo que é, dessa paixão, uma consequência inexorável: o sentimento de "If you're happy, I'm happy" e essa é e continua a ser a minha melhor prova de Amizade (sinónimo de Amor em sentido lato) para com ela.

Princess Diane, If you're happy, I'm happy... Muitas felicidades :D

1 comentário:

Anónimo disse...

Luis, vim ver o teu blog e deparei-me com este "tema"...Pareceu-me algo familiar...Queria só dar-te um grande beijinho e os parabéns pelo blog que criaste.

Princess Diane

P.S- Ainda não li tudo, mas devagarinho vou lendo.