Este post (mais um!!!) é dedicado ao serviço público.
Assim, respondo a três questões colocadas por alguns dos nossos leitores:
D Amélia Fonseca - 56 anos - Carrazeda de Ansiães - Doméstica:
"Mas afinal o que é um berlogue? Isso parece obra do demo!"
Resposta: Cara Senhora, se quer que lhe diga, também não sei... Eu tenho um vizinho que tem um cão dessa raça... mas foi abatido quando deu uma mordidela no carteiro... O cão, esse, ainda anda por aí...
Há ainda quem use a palavra berlogue para indicar um diário, mais ou menos semanário, com periodicidade mensal... Este diário, que é supostamente privado, torna-se público, sem nacionalização, através da intermete. A intermete é uma espécie de intersindical, mas sem os sindicatos...
Quanto a esse sujeito chamado demo, não o conheço, nem à obra dele... Prefiro Bêtóvéne... e também os CD's do Emanuel... Estes últimos são muito bons para jogar ao disco na praia...
Francisco Fonseca - 43 anos - Oliveira do Hospital - Pseudointelectual
Eu acho que o facto de falarem em trâmites tão inglórios de todos os pseudointelectuais, é uma infâmia para o movimento pseudointelectual português...
Já lá dizia o Kirkegaard, esse grande filósofo espanhol de pendor marxista-leninista: Com a verdade me enganas... Será que o autor deste berlogue, quiçá um pretenso filósofo de vão de escada, tenta ocultar o brilho de todo o nosso movimento, através de uma infâme moqueria?!
Resposta: Caro senhor... Registo os seus amáveis comentários. No entanto, permita-me que lhe responda à letra. A hermenêutica da propedêutica tem características similares à propedêutica da hermenêutica... Eu não ando a ler frases no pacote das batatas fritas para as reproduzir aqui... Só as leio em pacotes de pipocas, e de reputada qualidade.
Cátia-Vanessa Fonseca - 16 anos - Gulpilhares - Estudante
Beijei o meu namorado. Será que estou grávida? Será que ele é o pai?
Resposta: Cara menina, obviamente que não... Para começar, as gravidezes acontecem em meninas (ou meninos, que façam implantes peritoneais - temos de ser políticamente correctos...) que tenham ido a França. Aí é que são encomendadas as cegonhas que, gentilmente, entregam os bebés aqui em Portugal. (Daí que em língua anglo-saxónica, até se chame "delivery" ao parto, conforme cita o ilustre Óscar Fonseca, em História da Literatura Portuguesa Contemporânea e Rudimentos de Química Orgânica...)
Chamo a atenção da menina para o facto de que convém escolher uma cegonha de qualidade... e pagar o respectivo imposto automóvel... não vá o nosso ilustre Ministério das Finanças aplicar-lhe uma coima pelo não pagamento...
Quanto ao facto de ele ser o pai ou não ( e isto só se aplicaria na eventualidade de estar grávida), há essa hipótese, se a encomenda foi feita em conjunto, e se ele (namorado) não tiver escrito "Tatiana Vanessa" no campo do Bilhete de Identidade que diz "Nome", tiver feito a barba pelo menos uma vez na vida (não confundir com depilação) e não usar lingerie cor de rosa por baixo da roupa...
E por hoje é tudo... Resta-me agradecer a indispensável acessoria técnica da revista Maria, para responder à terceira pergunta.
Despeço-me com amizade, até ao próximo programa.
2005/01/20
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